Do FALA PE - Fernanda Negromonte
Dois quadros bolsonaristas despontam como os preferidos do presidente da República para uma disputa majoritária em Pernambuco no ano que vem. Daqui para o início da campanha de 2022 ainda falta um tempo, é verdade, mas estão cada vez mais claros os papéis que o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, e que a deputada estadual, Clarissa Tércio, terão no palanque estadual de Jair Bolsonaro. Dificilmente um dos dois não estará na chapa, seja qual for o cargo. Apesar de ser ministro do Brasil, Gilson não sai de Pernambuco. Está toda semana no estado inaugurando obras que nada tem a ver com a sua pasta – na semana passada estava fazendo entregas junto ao ministro da Cidadania, João Roma. Gilson percorre os municípios, do interior ao Grande Recife, ciceroneando colegas do primeiro e segundo escalões. Usa a prerrogativa do cargo para discursar em cerimônias, defender com unhas e dentes Bolsonaro e seus ideais, criticar os adversários do presidente e cultivar o que considera os louros do governo.
No fim de quase todo evento faz questão de empunhar sua sanfona e tocar músicas de Luiz Gonzaga, acompanhado de uma pequena banda (ninguém sabe como estão sendo pagos os músicos). Gilson, que é sanfoneiro e proprietário da Brucelose, quer reforçar sua ligação com Pernambuco e passar a imagem de que o governo do qual faz parte olha para o estado com um olhar diferenciado, traduzido em ações e dinheiro. Clarissa Tércio segue a mesma linha do ministro do Turismo, fazendo o que Bolsonaro mais ama: que o defendam com veemência. E é assim, montada em uma moto, em ato de apoio ao presidente, defendendo cloroquina e o fim do isolamento social, que a filha do Pastor Tércio está subindo muitos degraus na hierarquia bolsonarista. Tanto que já é apontada como candidata majoritária no ano que vem.
CARGOS – Quanto aos cargos majoritários que o ministro Gilson Machado Neto (Turismo) e a deputada estadual Clarissa Tércio podem disputar em 2022, os bolsonaristas fazem mistério. Ele, especula-se, seria candidato a senador. Essa tese pode se fortalecer se Bolsonaro recuperar parte do seu capital político, que vem derretendo em todo o país. Em um cenário menos favorável, Gilson sairia para deputado federal, cargo mais fácil dele se eleger. A governador, contudo, o ministro não deve concorrer, porque esse tipo de eleição, para qualquer que seja o candidato bolsonarista, vai ser muito difícil, haja vista a popularidade do ex-presidente Lula e a transferência de votos que o petista vai garantir a quem ele apoiar.
CARGOS 2 – Já Clarissa Tércio, pode tentar representar o “novo” na eleição para o Governo do Estado em 2022. Coragem para empunhar a bandeira do Bolsonarismo sem nenhum pudor a deputada estadual já mostrou que tem. Clarissa pode ganhar pontos na disputa também por ser mulher, jovem e alguém sem história pregressa na vida pública com algum fator que a desabone. Nesse cenário, a família Tércio indiciaria outro nome para a “vaga” de Clarissa na Assembleia Legislativa, que poderia ser o seu marido, Júnior de Tércio, vereador do Recife, ou qualquer outro membro do clã; isso caso Júnior saia para deputado federal.
E AÍ? – Resta saber se outros aliados do presidente topariam aceitar Clarissa Tércio, uma neo-bolsonarista (apesar da veemência) na cabeça da chapa. É o caso do Coronel Meira, que já está com Bolsonaro desde 2018, quando o atual mandatário nem liderava as pesquisas para o Palácio do Planalto. Crítico ferrenho do PSB, o coronel da PM já queria ter saído para governador naquele ano, mas perdeu a legenda aos 45 do segundo tempo, em uma jogada política que atribui ao governador Paulo Câmara. Meira, vale salientar, já tem um partido representativo, o PTB, que pode garantir a ele um bom tempo de televisão já de largada; vantagem importantíssima em uma disputa contra a poderosa máquina de votos do PSB.
Dois quadros bolsonaristas despontam como os preferidos do presidente da República para uma disputa majoritária em Pernambuco no ano que vem. Daqui para o início da campanha de 2022 ainda falta um tempo, é verdade, mas estão cada vez mais claros os papéis que o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, e que a deputada estadual, Clarissa Tércio, terão no palanque estadual de Jair Bolsonaro. Dificilmente um dos dois não estará na chapa, seja qual for o cargo. Apesar de ser ministro do Brasil, Gilson não sai de Pernambuco. Está toda semana no estado inaugurando obras que nada tem a ver com a sua pasta – na semana passada estava fazendo entregas junto ao ministro da Cidadania, João Roma. Gilson percorre os municípios, do interior ao Grande Recife, ciceroneando colegas do primeiro e segundo escalões. Usa a prerrogativa do cargo para discursar em cerimônias, defender com unhas e dentes Bolsonaro e seus ideais, criticar os adversários do presidente e cultivar o que considera os louros do governo.
No fim de quase todo evento faz questão de empunhar sua sanfona e tocar músicas de Luiz Gonzaga, acompanhado de uma pequena banda (ninguém sabe como estão sendo pagos os músicos). Gilson, que é sanfoneiro e proprietário da Brucelose, quer reforçar sua ligação com Pernambuco e passar a imagem de que o governo do qual faz parte olha para o estado com um olhar diferenciado, traduzido em ações e dinheiro. Clarissa Tércio segue a mesma linha do ministro do Turismo, fazendo o que Bolsonaro mais ama: que o defendam com veemência. E é assim, montada em uma moto, em ato de apoio ao presidente, defendendo cloroquina e o fim do isolamento social, que a filha do Pastor Tércio está subindo muitos degraus na hierarquia bolsonarista. Tanto que já é apontada como candidata majoritária no ano que vem.
CARGOS – Quanto aos cargos majoritários que o ministro Gilson Machado Neto (Turismo) e a deputada estadual Clarissa Tércio podem disputar em 2022, os bolsonaristas fazem mistério. Ele, especula-se, seria candidato a senador. Essa tese pode se fortalecer se Bolsonaro recuperar parte do seu capital político, que vem derretendo em todo o país. Em um cenário menos favorável, Gilson sairia para deputado federal, cargo mais fácil dele se eleger. A governador, contudo, o ministro não deve concorrer, porque esse tipo de eleição, para qualquer que seja o candidato bolsonarista, vai ser muito difícil, haja vista a popularidade do ex-presidente Lula e a transferência de votos que o petista vai garantir a quem ele apoiar.
CARGOS 2 – Já Clarissa Tércio, pode tentar representar o “novo” na eleição para o Governo do Estado em 2022. Coragem para empunhar a bandeira do Bolsonarismo sem nenhum pudor a deputada estadual já mostrou que tem. Clarissa pode ganhar pontos na disputa também por ser mulher, jovem e alguém sem história pregressa na vida pública com algum fator que a desabone. Nesse cenário, a família Tércio indiciaria outro nome para a “vaga” de Clarissa na Assembleia Legislativa, que poderia ser o seu marido, Júnior de Tércio, vereador do Recife, ou qualquer outro membro do clã; isso caso Júnior saia para deputado federal.
E AÍ? – Resta saber se outros aliados do presidente topariam aceitar Clarissa Tércio, uma neo-bolsonarista (apesar da veemência) na cabeça da chapa. É o caso do Coronel Meira, que já está com Bolsonaro desde 2018, quando o atual mandatário nem liderava as pesquisas para o Palácio do Planalto. Crítico ferrenho do PSB, o coronel da PM já queria ter saído para governador naquele ano, mas perdeu a legenda aos 45 do segundo tempo, em uma jogada política que atribui ao governador Paulo Câmara. Meira, vale salientar, já tem um partido representativo, o PTB, que pode garantir a ele um bom tempo de televisão já de largada; vantagem importantíssima em uma disputa contra a poderosa máquina de votos do PSB.
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