Pessoas sem comorbidades e ainda fora da faixa etária convocada para tomar a vacina contra a Covid-19 estão conseguindo se imunizar contra o novo corona vírus, no município de Surubim, Agreste do estado, apresentando laudos médicos que forjam doenças. A irregularidade teria conivência de funcionários da secretaria municipal de Saúde. Nossa reportagem conversou com três pessoas que se vacinaram assim.
“Tomei minha vacina. Minha mulher tomou porque é obesa e desenrolou um laudo de obesidade ‘pra’ mim com a faxineira do posto de saúde, de perto da casa da mãe dela. O médico nem olhou para ‘eu’. Olha aqui a foto, eu ia mandar ‘pra’ tu, mas ela disse, ‘manda não que ele publica’”, contou um servente, 28 anos e, segundo ele, pesando 73 quilos, mostrando a foto tomando a vacina.
“Foto boa era de um ‘boyzinho’ que chegou depois e nem entrou na fila. Se eu soubesse que ‘tu queria’ eu tinha tirado com meu celular a foto dele, e da mãe dele, que é dona daquela loja de roupa de rico. Ele deve ter no máximo, uns 20 anos, e ela também é nova, chegaram e passaram na frente de todo mundo, e tomaram a vacina. Os dois tem ‘saúde de bicho’, mas são ricos e tem conhecimento na prefeitura, aí tem que vacinar, né?”, completa.
Uma amiga, ‘profissional’ da Saúde, também teria conseguido forjar uma obesidade, conseguindo um atestado médico, e garantiu a dose para quem ainda deveria esperar. “Eu tomei, consegui um atestado com uma amiga minha que trabalha no posto, o médico colocou que eu tenho obesidade mórbida e eu consegui me vacinar”, contou um auxiliar de serviços gerais 30 anos, 75 quilos, segundo ele.
Uma técnica de enfermagem, 36 anos, que atualmente trabalha como dona de casa, foi imunizada graças a ‘ajuda dos amigos’ com quem havia trabalhado. “Eu tomei e meu marido tomou também, porque ele toma um remédio de pressão desde que o pai morreu. Com conhecimento, a gente consegue se vacinar”, disse.
OUTRO LADO: Nossa reportagem entrou em contato com a prefeitura de Surubim pedindo esclarecimentos sobre os fatos relatados pelos entrevistados e aguarda respostas.
Perguntamos:
Como a prefeitura de Surubim monitora os laudos médicos, sobretudo os emitidos por profissionais contatados pelo município?
Por que as pessoas conseguem fraudar a vacinação regular? Como é possível uma pessoa de menos de 80 quilos se vacinar com laudo forjando obesidade mórbida?
Onde ficam a listagem das pessoas vacinadas com comorbidades e os respectivos laudos médicos?
Como a prefeitura pretende apurar possíveis irregularidades? Fonte: Blog do Alberico Cassiano
“Tomei minha vacina. Minha mulher tomou porque é obesa e desenrolou um laudo de obesidade ‘pra’ mim com a faxineira do posto de saúde, de perto da casa da mãe dela. O médico nem olhou para ‘eu’. Olha aqui a foto, eu ia mandar ‘pra’ tu, mas ela disse, ‘manda não que ele publica’”, contou um servente, 28 anos e, segundo ele, pesando 73 quilos, mostrando a foto tomando a vacina.
“Foto boa era de um ‘boyzinho’ que chegou depois e nem entrou na fila. Se eu soubesse que ‘tu queria’ eu tinha tirado com meu celular a foto dele, e da mãe dele, que é dona daquela loja de roupa de rico. Ele deve ter no máximo, uns 20 anos, e ela também é nova, chegaram e passaram na frente de todo mundo, e tomaram a vacina. Os dois tem ‘saúde de bicho’, mas são ricos e tem conhecimento na prefeitura, aí tem que vacinar, né?”, completa.
Uma amiga, ‘profissional’ da Saúde, também teria conseguido forjar uma obesidade, conseguindo um atestado médico, e garantiu a dose para quem ainda deveria esperar. “Eu tomei, consegui um atestado com uma amiga minha que trabalha no posto, o médico colocou que eu tenho obesidade mórbida e eu consegui me vacinar”, contou um auxiliar de serviços gerais 30 anos, 75 quilos, segundo ele.
Uma técnica de enfermagem, 36 anos, que atualmente trabalha como dona de casa, foi imunizada graças a ‘ajuda dos amigos’ com quem havia trabalhado. “Eu tomei e meu marido tomou também, porque ele toma um remédio de pressão desde que o pai morreu. Com conhecimento, a gente consegue se vacinar”, disse.
OUTRO LADO: Nossa reportagem entrou em contato com a prefeitura de Surubim pedindo esclarecimentos sobre os fatos relatados pelos entrevistados e aguarda respostas.
Perguntamos:
Como a prefeitura de Surubim monitora os laudos médicos, sobretudo os emitidos por profissionais contatados pelo município?
Por que as pessoas conseguem fraudar a vacinação regular? Como é possível uma pessoa de menos de 80 quilos se vacinar com laudo forjando obesidade mórbida?
Onde ficam a listagem das pessoas vacinadas com comorbidades e os respectivos laudos médicos?
Como a prefeitura pretende apurar possíveis irregularidades? Fonte: Blog do Alberico Cassiano
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