Coletiva de imprensa das operações “Carta Marcada” e “Sequência Real”
Foto: Armando Holanda/Portal FolhaPE
Uma ex-prefeita, um advogado e mais sete pessoas foram presas suspeitas de participação em fraudes em licitações nas prefeituras de Gameleira e Amaraji, ambas na Zona da Mata Sul de Pernambuco. Nas fraudes, foram desviados cerca de R$ 1,5 milhão em três anos, entre 2013 e 2016. Além da prisão dos suspeitos,foram apreendidos documentos, aparelhos eletrônicos e veículos que, segundo a Polícia Civil Pernambuco, foram adquiridos com dinheiro oriundo das ações criminosas. Todas são alvos das operações “Carta Marcada” e “Sequência Real”, ambas deflagradas na manhã dessa quarta-feira (7).
De acordo com a Polícia Civil, o advogado Geraldo Gonçalves de Melo era o grande articulador das fraudes. “Ele [o advogado] atuava tanto quanto pessoa física quanto jurídica. Ele possuía uma empresa de prestação de serviços jurídicos, técnicos e contábil, mas não havia nenhum profissional da área contábil nessa empresa, que a gente acredita ser fantasma”, detalhou a delegada responsável pelo caso, Isabela Veras.
A delegada relatou ainda que, entre 2013 e 2016, a Prefeitura de Gameleira mantinha o mesmo tipo de contrato com duas empresas do mesmo ramo. “Na mesma época em que Yeda Augusta Santos de Oliveira era prefeita, ela mantinha contrato com duas empresas do mesmo ramo atuando na mesma área. Mas nenhuma delas existia, de fato, fisicamente”, complementou a delegada.
Leia também:
Ex-prefeita e ex-servidores são presos por suspeita de fraudes em Gameleira e Amaraji
Operação Endosso prende oito suspeitos de envolvimento em sonegação de impostos
De acordo com a delegada, entre os materiais apreendidos, está um cofre que contém materiais que vão ajudar nas investigações. “Dentro deste cofre, estavam os contratos das licitações fraudadas”, disse.
As ações bloquearam as contas bancárias e os bens do advogado; da esposa dele, Andreia Lucia de Freitas Peixoto; e da filha do casal, Yara Freitas (filha). Segundo a Polícia Civil, os investigados possuíam imóveis ou endereços de trabalho nas cidades de Amaraji, Gameleira, Recife, Jaboatão dos Guararapes, São Lourenço, Ribeirão, Escada e Tamandaré.
Nenhum comentário:
Postar um comentário